O Palácio de Versalhes, famoso castelo da nobreza francesa e símbolo dos anos dourados do absolutismo europeu, sem dúvida faz parte dos pontos imperdíveis da visita à Paris. Nos arredores da capital, ele permanece cravejado na história dos franceses, trazendo a memória das glórias de outros tempos, bem como das revoluções que tornaram o país tão simbólico para a história do ocidente.
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O Château de Versailles, como é chamado pelos franceses, é um dos mais belos do país e o deslocamento até lá é facilmente feito via transporte público (os trens, chamados de RER) a partir de Paris. Se sua viagem à capital francesa tiver mais de cinco dias, separe um deles para conhecer este que é Patrimônio Mundial da Humanidade há mais de 30 anos. Você não vai se arrepender.
Nunca vou me esquecer da primeira vez que visitei o Palácio de Versalhes, no intercâmbio universitário que fiz em 2013. Então eu finalmente estava lá, vendo com meus próprios olhos o que havia estudado quando tinha 12 anos, na 6° série, quando minha paixão por História começou. O castelo, a Corte Francesa, a Revolução Francesa… Toda a história misturada naquele lugar e seus últimos séculos!
Claro que para quem gosta de História, Arte e Arquitetura é um prato cheio, mas o passeio é válido para qualquer um. A visita possui audioguia – o que torna o passeio mais interessante – , o castelo é deslumbrante e os jardins são enormes, com lagos, barcos, fontes, aluguel de bicicletas, pequenos quiosques e lanchonetes. Dá para passar um dia inteiro por lá. Até por isso mesmo, recomendamos não marcar nenhum outro compromisso para o dia que você for à Versalhes.
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Castelo
Quarto da rainha. Repare a porta falsa ao lado da cômoda, por onde Maria Antonietta fugiu no estourar da Revolução Francesa (Foto: Viver e Viajar)
O tour pelo castelo dura cerca de 2h, podendo ser mais ou menos, de acordo com seu ritmo. Na entrada, cada visitante recebe um áudio-guia (há em diversos idiomas, inclusive no português de Portugal).
O castelo como conhecemos hoje começou a ser construído por Luís XIV, o mais poderoso monarca francês, conhecido como Rei Sol, que governou a França entre 1661 e 1715. As obras no palácio e suas dependências se estenderam durante os reinados de seus sucessores, Luís XV e Luís XVI. Foi a casa dos reis franceses entre 1682 e 1789, quando a Revolução Francesa pôs fim à era dos reis na França.
A visita inclui os grandes apartamentos do rei e da rainha, a Capela Real, a galeria das Batalhas, os apartamentos das Damas e a galeria de História do Castelo.
O ponto alta da visita fica por conta da famosa Galeria dos Espelhos. Luís XIV destruiu seis cômodos dos aposentos do rei e da rainha para construir este belíssimo salão, com 17 arcos espelhados que refletem as 17 janelas em arco viradas para o jardim. Os arcos estão fixados em pilastras de mármore. Destaque também para os grandes lustres que preenchem a galeria. No local, foram assinados os tratados de paz da Guerra Franco-Prussiana e da Primeira Guerra Mundial.
Galeria dos Espelhos, imponente salão usado para bailes e casamentos na corte e onde foi assinado, mais tarde o Tratado de Paz da Primeira Guerra Mundial (Foto: Mister Knight)
Jardins
Talvez a melhor parte da visita ao Palácio de Versalhes sejam os jardins. Com mais de 800 hectares projetados por André Le Nôtre, é possível passar horas caminhando entre árvores, estátuas, fontes e bosques simétricos, enquanto se faz o deslocamento até os outros domínios do palácio – Grand Trianon, Petit Trianon e Hameau. Se for verão ou primavera, as caminhadas são muito agradáveis, enquanto no outono a paisagem fica espetacular em tons de amarelo-alaranjado. Agora no inverno, nem pensar!
É possível alugar bicicletas no jardim de Versalhes.
Confira no calendário a programação de músicas e espetáculos com águas – os Jardins Musicaux e Grandes Eaux. Há também versões noturnas com fogos de artifício.
Grand Trianon
Um pequeno e belo palácio em mármore rosa influenciado pela arquitetura italiana, cercado por jardins, constitui o Grand Trianon. O local foi construído em 1687 para oferecer uma segunda residência ao Rei Sol. Nele, instalaram-se Luís XV e a rainha Maria Leczinska.
Olha a minha cara de apaixonada por esse palácio! Dica: o pôr do sol dali é incrível 🙂
Domaine Marie Antoniette
O Domaine reúne o Petit Trianon, os jardins e o Hameau, que é uma espécie de réplica de pequena fazenda.
O Pequeno Trianon foi construído entre 1761 e 1768 para a favorita do rei Luís XV, Jeanne-Antoinette Poisson, também chamada Madame de Pompadour.
Mais tarde, a rainha Maria Antonieta aí se instalou com o objetivo de se distanciar da ostentação da corte do rei Luís XVI. Ela fez construir, entre outros, um teatro e um vilarejo com ares de fazenda e de inspiração normanda, o Hameau.
Como chegar em Versalhes
Chega-se em Versalhes pegando a linha de trem RER C (amarela), direção Versailles-Château-RG. A linha do RER C passa por várias estações em Paris: Saint Michel – Notre Dame, Musée d’Orsay, Invalides, Pont d’Alma, Champs de Mars Tour Eiffel. Veja o mapa do metrô e do RER clicando aqui. Valor do ticket: 3,65€ somente ida.
Ao chegar na estação, em Versalhes, siga o fluxo de pessoas. Em uma curta caminhada de cerca de 12 minutos você chegará ao castelo. Dependendo de onde você estiver hospedado na cidade, o trajeto total levará entre 40 min e 1h.
Ingressos
A entrada tem preços variados, de acordo com os lugares que se pretende visitar. Além disso, o Palácio de Versalhes oferece alguns pacotes e passes de dois dias. Veja as tarifas detalhadas no site, clicando aqui. Mas, basicamente, os preços saem por:
> Castelo + jardins (fora de dias de espetáculos): 18 euros
> Castelo + Jardins + Domaine de Trianon : 27 euros
Menores de 18 anos e menores de 26 anos residentes na União Europeia não pagam. Estudantes menores de 26 anos pagam meia entrada.Veja a lista de gratuidades aqui.
É possível comprar os ingressos pelo site do castelo, ou na bilheteria.
O que saber antes de visitar o Palácio de Versalhes
Um das inúmeras fontes do jardim de Versalhes (Foto: Viver e Viajar)
- Em certos dias e horários o castelo costuma ficar muito cheio, tornando a visita desagradável. Se puder, evite os fins de semana e às terças, entre 10h e 15h. O site do castelo sugere fazer a visita ao interior do castelo após às 15h. Seguindo este percurso, você poderia começar o dia pelos jardins, Trianon e Domaine.
- Os jardins são muito grandes e em alguns momentos pode ficar cansativos percorrer todo o percurso a pé. Para chegar ao Grand Trianon ou Domain de Marie Antoniette, por exemplo, é possível pegar um trenzinho (o ponto é próximo ao restaurante La Flotille, que fica nos jardins do castelo) ou alugar um bike.
- Planeje com antecedência o que comer. Se optar por comer em algum dos restaurantes presentes nos domínios do castelo, é bom fazer reserva. Se for verão, ou mesmo um dia mais quente de primavera ou outono, uma boa opção é fazer um piquenique nos gramados dos jardins. Nesse caso, já leve sua cesta de Paris. Em última instância, há quiosques espalhados pelo jardim.
- É possível visitar somente o parque de Versalhes gratuitamente. O parque corresponde à parte dos jardins mais afastada, onde circulam os trenzinhos e onde há restaurantes. Lá também há barcos para passeio no lago e é onde as pessoas geralmente fazem piquenique. A entrada no parque é diferente da entrada no Palácio.
- O Palácio de Versalhes, o Grand Trianon e o Domaine de Marie Antoinette estão fechados às segundas e nos seguintes feriados: 1° de janeiro, 1° de maio e 25 de dezembro. Já o jardim e o parque de Versalhes ficam abertos o ano todo.
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