Peru é o destino de muitos viajantes pela consagrada e almejada Machu Picchu. Mas, para chegar na “cidade perdida dos Incas” é preciso, inevitavelmente, passar pela capital peruana, onde descem todos os voos. Que tal aproveitar a ocasião para dar um giro por Lima? Foi o que o Everton Cunha fez na viagem que realizou com dois amigos pelo país. Ele conta para a gente como foi o roteiro de três dias que eles fizeram pela capital.
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1° Dia: Explorando os arredores de Miraflores
A primeira impressão que tive quando cheguei a Lima foi certo descaso. Fui convencido por meus companheiros de viagem a incluir 3 dias em Lima no nosso plano, enquanto o meu objetivo primário era Cusco e a região do vale sagrado.
Cheguei lá por volta de 10h da manhã e pegamos um táxi para o hostel. Durante o trajeto de aproximadamente 40 minutos, o taxista pegou uma via expressa beirando a praia e, para mim e meus amigos que estamos perto da praia e a adoramos, tivemos uma decepção: a praia não tinha areia, mas pedras! Soubemos naquele momento que qualquer expectativa de pegarmos uma praia tinha ido por água abaixo. Além disso, ficamos sabendo depois, em Lima a maioria dos dias tem o céu nublado.
Ficamos hospedados no bairro de Miraflores, seguindo conselho de todos os blogs que achei na internet, e valeu muito a pena! Miraflores tem toda a estrutura para o turista: bares, restaurante, parques, feiras artesanais, shopping e até uma ruína pré-Inca. Tiramos o primeiro dia para explorar e conhecer nossos arredores.
2° Dia: Centro Histórico de Lima
O segundo dia começou cedo: fomos para o Centro Histórico de Lima. Dessa vez pegamos um Uber e já notamos um preço melhor que o do táxi que pegamos no aeroporto, que teve um trajeto com uma duração bem parecida (aqui cabe uma dica: o aplicativo Cabify tem preços melhores que o Uber). O interessante desse trajeto é observar o contraste de toda capital: os bairros menos desenvolvidos em paralelo a arranha-céus comerciais gigantes. O Centro Histórico de Lima é resultado da colonização espanhola, o que pode ser visto muito bem pela arquitetura dos prédios e igrejas.
Saímos do Centro Histórico à tarde e seguimos até a Praça San Martin e daí fomos até o Parque da la Exposición, que parece uma exposição de arte a céu aberto. Acabou sendo uma grata surpresa, pois nosso objetivo era mesmo o Parque de la Reserva, simplesmente passamos por ali porque estava no nosso caminho.
São em torno de 3km de distância desde a Plaza Mayor (principal ponto do Centro Histórico) até o Parque da Reserva. Uma dica é ir até o parque da Exposición e depois seguir de Cabify para o Parque da Reserva – e explico o porquê: o caminho entre os dois parques não tem muitas atrações e você passa ao lado do Estádio Nacional, que é um lugar deserto e inseguro, inclusive para os moradores locais. Um brasileiro que encontramos no hostel que está morando lá nos contou que os amigos dele de Lima o avisaram para não passar a pé por ali. De qualquer forma, o estádio não tem visitação então dá muito bem pra ver pela janela do carro.
O Parque da Reserva vale um parágrafo separado. Não parece muito visto logo de cara, mas conforme anoitece e o jogo de cores começa a surgir é que a coisa fica bem legal! São 12 fontes espalhadas pelo parque, cada uma com uma escultura e um significado. Algumas são só contemplação, enquanto outras são interativas. Com hora marcada, começa um show de 30 minutos de luzes projetadas em uma das fontes contando um pouco sobre a história e a cultura do Peru. Saímos de lá e voltamos para Miraflores para comer e dormir.
3° Dia: Huaca Pucllana, ruínas e pirâmides no meio da cidade
Em nosso terceiro e último dia cheio em Lima, fomos visitar as ruínas de Huaca Pucllana. As ruínas contam com serviço de guias em inglês e espanhol, mas tivemos que prestar atenção pra entendermos as explicações da nossa guia. A visitação durou em torno de uma hora e o que mais me impressionou foi ver como a cidade tomou conta da história e hoje temos somente uma breve visão do que era aquela região há mais de 600 anos atrás (essa ruína é de uma civilização anterior à Inca, que por sua vez começou a existir por volta de 1400). Parar no alto da ruína e olhar ao redor é uma experiência difícil de explicar.
Foi nessa ruína, que tem uma parte dedicada à criação de ervas e animais típicos da cultura peruana, que tivemos nosso primeiro contato com uma llama!
Saímos dali e fomos para o bairro de Barranco, adjacente a Miraflores. Visitamos o principal ponto turístico por ali, a Ponte dos Suspiros, passamos pela praia e comemos em um restaurante italiano, gerenciado por um chef sul-africano que mora no Peru! Nosso mundo realmente ficou pequeno.
Após comermos, passamos pelo Museu de Arte Contemporânea e voltamos andando para o nosso hostel, já quase anoitecendo. Caso você esteja afim e goste, tudo bem, fora isso recomendo o Cabify.
**DICA:A única coisa que eu faria diferente era ficar um dia a menos em Lima. Quando fomos para Barranco, ficamos procurando o que mais poderíamos fazer para passar o dia e, te garanto, esse é um problema que você não vai enfrentar em Cusco.
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