Um dos principais pontos turísticos de Petrópolis, a Catedral São Pedro de Alcântara apresenta um belíssimo exemplar da arquitetura neogótica francesa. Suas esculturas em mármore de carrara, vitrais e pinturas de Carlos Oswald encantam viajantes do mundo todo, além de, é claro, conter em seu interior o mausoléu onde estão os restos mortais do imperador Pedro II e sua família.
A única construção neogótica do interior do estado do Rio de Janeiro teve seu início no final do século 19 por grande incentivo da Princesa Isabel. Em 1884, sua pedra fundamental foi lançada, sob o patrocínio de D. Pedro II. O projeto foi encomendado ao engenheiro e arquiteto baiano Francisco Caminhoá. Já na planta inicial da cidade, projetada pelo Major Frederico Koeler, um espaço havia sido reservado à construção de uma igreja – que veio a ser concluída em várias etapas no século 20. Sua torre foi erguida apenas na década de 1960. A edificação está localizada em uma das extremidades da Avenida Koeler, possui 70 m de comprimento, 22 m de largura e altura de 19 m. A torre se eleva a 70 m do solo.
As pontiagudas torres laterais e as janelas ogivais da Catedral são típicas do estilo arquitetônico. No interior, os vitrais retratam imagens de santos, de Cristo e da Sagrada Família, desenhados por Carlos Oswald. Cada um deles foi doado pela Baronesa de São Joaquim. A Via Crucis, de gesso patinado, é francesa, bem como a imagem de São Pedro de Alcântara, esculpida também em mármore de Carrara. O altar gótico contém relíquias de São Magno, Santa Aurélia e Santa Tecla, trazidas de Roma pelo Cardeal D. Sebastião Leme. Todo mobiliário do templo é de época, trabalhado à mão em jacarandá, e as portas principais pesam 2.400 kg cada.
Outra relíquia do prédio é o órgão da igreja, um dos mais importantes do Brasil. Projetado e construído no Rio de Janeiro, em 1936, pelo artista Guilherme Berner (introdutor da indústria do órgão no Brasil), o imponente instrumento possui 33 registros, três teclados manuais e um pedal de 2.227 tubos. Fica instalado na parte superior, no coro da igreja.
Mas a maior atração do santuário é o Mausoléu Imperial. Em 1920, foi anulado o decreto que bania a Família Imperial do Brasil e já em 1921 os restos de D. Pedro II e D. Tereza Cristina foram trazidos do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, para o Rio de Janeiro, onde foram alojados na Catedral Metropolitana. Em 1925, foram transferidos para a sacristia da Catedral de Petrópolis. Finalmente, em 5 de dezembro de 1939, o presidente Getúlio Vargas e outras autoridades inauguraram o Mausoléu Imperial, para onde foi transferido definitivamente o sarcófago do Imperador e da Imperatriz. Os restos mortais da Princesa Isabel e do Conde D’Eu só viriam mais tarde.
Na pequena capela, localizada ao lado direito de quem entra na igreja, as lápides de Dom Pedro II, Dona Teresa Cristina, Conde d’Eu e Princesa Isabel, possuem esculturas em tamanho natural, cunhadas em 1925 por Jean Magrou. O local é decorado por vitrais na parede de fundo, onde há pintados versos do próprio imperador.
Endereço: Rua São Pedro de Alcântara, 60 – Centro
Telefone: (24) 2242-4300
Visitação: Diariamente, das 8h às 18h
Entrada: Gratuita