Muita gente acha que quem viaja muito é rico. Mas nessa curta jornada percebi, e tenho cada vez mais certeza disso, que viajar é uma questão de prioridade. De estilo de vida. Digo isso por experiência própria: os autores deste site não são ricos – passam bem longe disso. Na verdade, viaja mais quem gasta menos com outras coisas. Comprar menos, para viajar mais. Consumir o mínimo para experimentar o máximo. Essa tem sido nossa filosofia de vida.
No geral, o brasileiro associa “viajar” a comprar um pacote de viagem caro por uma agência (nada contra agências, mas é preciso saber garimpar), ficar hospedado em um hotel de luxo, frequentar restaurantes turísticos e comprar MUITO durante a viagem. Não é à toa que um dos principais destinos dos brasileiros é Miami e os EUA como um todo, para onde muitos tiram o visto apenas para ir comprar. Se a sua ideia sobre viajar é essa, aí realmente, é preciso gastar pequenas fortunas cada vez que decidir fazer um passeio.
Mas viajar não significa, necessariamente, isso. Há outras formas de viajar, inclusive mais sustentáveis e menos onerosas. É possível viajar gastando bem menos. É possível viajar tendo bem menos (reúno algumas dicas para viajar mais neste post). Passa por assumir um estilo de viagem mais simples. Passa por assumir, inclusive, um estilo de vida mais simples. Consumir menos para viajar mais.
Há alguns meses, a universidade norte-americana Cornell University publicou o resultado de um estudo feito pelo professor de psicologia Thomas Gilovich, segundo o qual investir em experiências traz mais felicidade do que consumir bens materiais. Quantas experiências você poderia ter vivido com o dinheiro que investiu na última compra que fez? Será que ela te trará boas lembranças daqui a cinco anos?
