É possível um dia nublado e chuvoso na praia não aborrecer? Aquele fim de semana em Búzios foi assim para nós. Fazia tempo que queríamos voltar à cidade e, quando finalmente conseguimos, os ventos no balneário estavam tão fortes que até os passeios de barco foram cancelados. Mas, por incrível que pareça, o imprevisto do clima não atrapalhou o nosso fim de semana. A gente estava mesmo precisando descansar. E apenas olhar para o infinito do mar e se permitir não fazer nada foi a melhor coisa que fizemos em muito tempo…
Vivemos dias tão corridos, com tanta overdose de informação que momentos de ócio e descanso às vezes são raros. Mesmo nos “dias de folga” a mente costuma não parar de funcionar…
Mas do que adianta trabalhar tanto, correr tanto, se esforçar tanto, se não soubermos viver? Desfrutar dos momentos mais simples e prazerosos da vida? Os italianos tem um nome para isso: Il dolce far niente.
Significa “o prazer de não fazer nada”. Essa tem sido uma das minhas filosofias de vida (ou, pelo menos, tenho tentado que seja). Saber trabalhar na hora de trabalhar e, na hora de descansar, descansar mesmo. Me desligar. Relaxar de corpo e alma. Me permitir por vezes não fazer nada e encontrar prazer nisso. Ler um bom livro. Beber um bom vinho. Comer algo que goste. Jogar conversa fora. Dormir fora de hora.
Há pesquisas que mostram que a parte mais criativa do nosso cérebro é despertada em momentos de descanso e relaxamento. Os estudos dizem mais: a ociosidade não é só um período de “férias” para o cérebro, mas parte fundamental para a continuidade do seu funcionamento e foco.
É, parece que a natureza faz tudo perfeito mesmo. A gente que costuma atrapalhar um pouco as coisas no meio do caminho…
Il dolce far niente – aprender essa regra de ouro vai te valer para qualquer lugar do mundo.
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