Père Lachaise, o cemitério dos famosos em Paris

by vivereviajar

Depois de dois anos morando em Paris, fomos finalmente conhecer o Père Lachaise, cemitério dos famosos. Fundado por Napoleão Bonaparte, o local hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade e guarda (além dos restos mortais de celebridades) muitas histórias e curiosidades.

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Cerca de 2 milhões de turistas passam pelo cemitério todos os anos. Tem 690 mil monumentos funerários, que abrigam filósofos como Auguste Comte, pintores como Modigliani e Eugène Delacroix, figuras da música que vão de Chopin a Jim Morrison. Também há cantoras, como Édith Piaf, e escritores, como Marcel Proust e Oscar Wilde.

O cemitério já foi palco, inclusive, de batalhas. Em 1871, os últimos 147 combatentes da Comuna de Paris foram perseguidos e fuzilados no local que ficou conhecido como o “Mur des Fédérés”.

O curioso é que no século 19, a cidade sofria com falta de cemitérios e risco eminente de uma epidemia. Daí em 1804 Napoleão Bonaparte mandou construir o Père Lachaise numa região que na época era considerada afastada – no 20° arrondissement. Foi o primeiro cemitério laico e primeiro jardim público da cidade.

Mas, como ninguém queria ser enterrado “longe”, o cemitério meio que flopou, sabe… E ficou praticamente vazio até 1817.

Foi aí que alguém teve uma ideia: importar mortos famosos para lá – tudo, claro, com muita publicidade. Ora, se tanta gente famosa podia entrar na eternidade longe do centro de Paris, por que os reles mortais não poderiam? Depois disso foi questão de tempo para os enterros se tornarem concorridos.

Hoje o local já abriga mais de um milhão de pessoas. Para ser enterrado lá é preciso ter residência em Paris, ou ter morrido na cidade. Além disso, é preciso investir uma boa quantia e entrar numa lista de espera.

Celebridades e curiosidades

Acima, à esquerda, o túmulo do roqueiro Jim Morrinson, vocalista do The Doors, é um dos que mais dá trabalho à direção do cemitério. Em datas comemorativas, como o aniversário de morte do cantor, a segurança do Père Lachaise é reforçada. Em 1991, no 20º aniversário da morte de Jim Morrinson, uma multidão de fãs alucinados foi visitar o túmulo — a polícia teve de tirá-los à força.

Acima à direita, o túmulo do compositor Frédéric Chopin, um dos mais visitados.

A estátua de bronze no túmulo de Victor Noir, que mostra uma ereção pós-morte, é uma das histórias mais curiosas do Père Lachaise. Em busca de fertilidade, mulheres passaram a colocar uma flor no chapéu da estátua, beijá-la nos lábios e dar um esfregadinha na genital da estátua, que já está até desgastada kkk

Tem muita história interessante envolvendo os túmulos e personalidades, mas a verdade é que o Père Lachaise é como um grande parque com ruas arborizadas e locais para sentar ao sol num dia tranquilo de domingo. Delícia de passeio 🍁🍂

PS: Se a sua visita calhar no outono, entre outubro e novembro, as árvores e folhas em tons de laranja serão um pequeno espetáculo.

Endereço: 16 Rue du Repos, 75020 Paris

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