Em um momento em que eventos mundiais difíceis como a pandemia COVID-19 não nos dão muito motivo para sorrir, a notícia de que Uganda está passando por um boom de bebês em sua população de gorilas da montanha é certamente um motivo de alegria.
De acordo com a Uganda Wildlife Authority (UWA), enquanto o país normalmente registra um ou dois nascimentos por ano, sete bebês gorilas nasceram até agora em 2020.
Cinco deles chegaram ao Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, Patrimônio Mundial de 331 km2. Esta faixa de montanhas íngremes coberta por uma densa floresta é um dos habitats mais antigos da África. O habitat sobreviveu até mesmo à última Idade do Gelo quando a maioria das outras florestas do continente desapareceram.
Gorilas da montanha de Uganda ameaçados de extinção
O status dos gorilas da montanha foi alterado de “criticamente em perigo” para em “perigo” em 2018 pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), graças a um aumento em seu número. Os gorilas da montanha são uma subespécie do gorila oriental, que permanece criticamente ameaçado.
Na última avaliação da IUCN em 2008, estimava-se que houvesse cerca de 680 dos gorilas. Agora, a avaliação de 2018 descobriu que existem mais de 1000, que é o maior número já registrado para a subespécie.
De acordo com o diretor executivo da UWA, Sam Mwandha, o nascimento de novos gorilas da montanha é resultado dos esforços de conservação de Uganda. O país implementou patrulhas anti-caça e uma equipe veterinária 24 horas por dia e 7 dias por semana, monitorando os gorilas.
Para se ter uma noção de como o país leva a questão a sério, um homem foi preso em julho por matar um gorila. Ele foi condenado a 11 anos de prisão. “Com o aumento da integridade das áreas protegidas, houve um aumento geral nas populações de vida selvagem em Uganda”, disse Mwandha.
